A sociedade da aprendizagem e o desafio de converter informação em conhecimento:
Na sociedade atual cada vez há mais para aprender e conseqüentemente cresce a chance de fracassar. O problema está na conversão das informações em conhecimento. Conforme artigo de Juan Ignacio Poza, é preciso ter conhecimento das características que definem essas novas formas de aprender. Hoje, o acesso ao conhecimento é vasto, qualquer um que tenha conhecimento básico de informática pode acessá-los. Está se criando uma nova cultura de aprendizagem, que a escola deve fazer parte. Para desvendar esse conhecimento, exige-se maiores capacidades ou competências cognitivas dos leitores dessas novas fontes de informação (acesso a internet principalmente). Por isso, é preciso construir uma nova visão crítica de leitura das informações. Devido as novas tecnologias da informação, a escola não é mais a primeira fonte de conhecimento, nem mesmo a principal. Dado que a escola já não pode proporcionar toda a informação relevante, porque esta é mais rápida e flexível que a escola, o que se pode fazer é formar os alunos para terem acesso e darem sentido à informação, proporcionando-lhes capacidades de aprendizagem que lhes permitam uma assimilação crítica a informação. É preciso repensar nessa nova cultura de aprendizagem, pois mais que aprender verdades estabelecidas e indiscutíveis, é necessário aprender a conviver com a diversidade de perspectivas, com a relatividade das teorias, com a existência de múltiplas interpretações de toda a informação, para construir, o próprio ponto de vista.
A nova cultura da aprendizagem requer ensinar aos alunos no mínimo cinco competências: da aquisição, da interpretação, da analisem da compreensão e da comunicação da informação. Resumindo, na sociedade da aprendizagem, converter esses sistemas culturais de representação em instrumentos de conhecimento, requer apropriar-se de novas formas de aprender e ralacionar-se com o conhecimento, onde professores e alunos devem mudar sua postura frente as novas formas de aquisição do conhecimento. Este é um dos maiores desafios a ser enfrentado por nossos sistemas educacionais.
Matrizes curriculares: Antonio Névoa O perfil do professor mudou juntamente com a evolução da sociedade, ou seja, o trabalho do professor se adapta conforme as exigências culturais e sociais do momento. A formação continuada do professor é essencial para o acompanhamento de todas as transformações que o mundo sofre no cotidiano. O professor precisa estar atualizado e preparado para todas as situações apresentadas, principalmente devido a enxurrada de informações que as mídias oferecem. As competências necessárias hoje para o professor são de organizador do trabalho escolar, nas mais diversas dimensões, e o professor como alguém que compreende e que detem um determinado conhecimento e é capaz de o reelaborar no sentido da sua transposição didática. A prática do professor reflexivo está em criar condições de regras e de lógicas de trabalho coletivo dentro das escolas, a partir da rel=flexão e troca de experiências seja possível um trabalho mais eficaz. As responsabilidades que deveriam ser da família e do sistema recaem para a escola e pra os professores (disciplina, regras, limites), sendo que esse não tem condições e ampara para tomá-las para si.
Aprendizagem continuada ao longo da vida: O processo de ensinar e aprender estão intimamente ligadas a vida do ser humano desde seu nascimento. Muitos pesquisadores definem a aprendizagem a luz de teorias, como a construtivista de Piaget – o ser humano constrói seu conhecimento em cima do que sabe e o transforma a medida que tem contato com o conhecimento científico. Mas a escola tem sido até hoje, muitas vezes o único ambiente de aprendizagem disponível a sociedade, deixando lacunas que precisam ser preenchidas para dar cota da demanda do mercado exigente que temos hoje. Sabemos que a escola não consegue acompanhar a mudanças exigidas deste mercado, ao qual precisa de profissionais cada vez mais qualificados. Também temos consciência que a sociedade possui uma grande fatia de cidadãos que estão na 3ª idade, e que procuram instituições para continuar sua aprendizagem, principalmente devido as novas tecnologias, que esse querem dominar.
O papel da escola e as contribuições que ela pode propiciar aos indivíduos nunca foram de tanta importância como agora. A ironia é que a instituição que mais pode contribuir para se beneficiar da aprendizagem continuada ao longo da vida e a que menos tem se mobilizado para tal. Devemos ter consciência que não podemos mudar a escola de uma hora pra outra, mas temos que nos mobilizar para que ela comece atender as necessidades urgentes dos indivíduos o mais breve possível, ou seja, cobrar mais do sistema.
Autoria: Claudete Fatima Amer
sexta-feira, 13 de julho de 2012
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