sexta-feira, 13 de julho de 2012

Hipertexto


Conceituando Hipertexto
“A própria sociedade tem, por vezes, dificuldade em saber para que ela quer a escola. A escola foi um fator de produção de uma cidadania nacional, foi um fator de promoção social durante muito tempo e agora deixou de ser. E a própria sociedade tem por vezes dificuldade em ter uma clareza, uma coerência sobre quais devem ser os objetivos da escola”.
           O texto acima, tirado do professor Antonio Nóvoa, expressa o verdadeiro paradoxo pelo qual vive a educação brasileira atual. O aluno quer aprender, os pais querem ver os filhos formados, a sociedade quer e exige cada vez mais pessoas preparadas e qualificadas, as Instituições e os governos oferecem cada vez mais tempo e condições técnicas para os alunos buscarem informações, enquanto este por sua vez aprende cada vez menos. Não é de hoje que se ouve e se discute a falta de profissionais qualificados para o mercado de trabalho, os fracassos em concursos e vestibulares em todo o país. Isto tudo dá uma dimensão exata dos níveis da educação brasileira  e sobre todo o processo ensino-aprendizagem.
            Outro ponto que me chamou a atenção do autor Antonio Nóvoa (pag. 65) é o que trata especificamente do professor: “O professor não é, hoje em dia, um mero transmissor de conhecimentos, mas também não é apenas uma pessoa que trabalha no interior de uma sala de aula. O professor é um organizador de aprendizagens via novos meios informáticos, por via dessas novas realidades virtuais”.
            De fato, o desafio do professor é tornar as aulas atrativas, fazendo o aluno perceber que está realizando algo bastante sério, porém prazeroso e onde pode estar em jogo seu próprio futuro. Neste sentido, a internet é uma ferramenta interessante  e indispensável no processo de ensino. Mas, ela precisa ser utilizada de maneira correta para não se tornar mais um obstáculo a ser superado pelo professor e pelo aluno. O aluno precisa encontrar sentido naquilo que está fazendo, precisa reconhecer sua própria autoria naquilo que esta produzindo em grupo ou individualmente por meio de questões investigadas por ele mesmo. Cabe ao educador também fazer o aluno sentir-se parte, isto é, sujeito do processo, e saber que a educação se dá ao longo de toda a vida, para que o mesmo não veja na mesma um projeto pronto, acabado e restrito  a própria escola.  

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